A respiração é o principal recurso usado para estimular com rapidez o aumento das vibrações positivas da alma e do corpo adoecidos. Como fluido curativo, a respiração é classificada como um fluido vibrante, vista como capaz de refazer o corpo físico e recuperar também os corpos sutis.

A prática diária de exercícios respiratórios recompõe o perispírito, que é a ligação entre o corpo material e o espiritual. Uma vez que está no perispírito o ponto em que as alterações fluídicas das vibrações recebidas através da respiração são efetuadas, os resultados dos exercícios tornam-se rapidamente notáveis na alma e no corpo físico.

Além disso, com a prática dos exercícios respiratórios melhorando o perispírito, outros fluidos curativos, como a prece, a atividade com mandalas, o uso de florais e a cromoterapia têm seus efeitos potencializados.

Quando respiramos, nosso organismo é abastecido pelo ar que absorve. Durante a respiração, o corpo recebe principalmente o oxigênio, que queima, mas recebe também um fluido vital, pleno de energia, cuja origem é divina. O mesmo fluido, que os indianos chamam de prana é encontrado na água, nos alimentos, na luz e na terra, mas é pela respiração que ele tem condições de absorvido mais rapidamente. No corpo físico, o prana circula pelo sistema nervoso.

O oxigênio que respiramos precisa ser reposto a cada respiração, pois não pode ser armazenado pelo organismo. Já o fluido prana, que também é absorvido a cada respiração, tem a capacidade de ser retido pelo corpo perispiritual, que deixa uma parte do que recebe guardada para uso futuro.

Com os exercícios respiratórios, fundamentados na yoga, aprendemos como reter maior quantidade do fluido vital, criando uma reserva energética muito importante para a alma. Aliás "yug", a raiz do sânscrito que deu origem à palavra yoga, quer dizer "unir", o que faz pensar na união do corpo e da alma.

 

A RESPIRAÇÃO

 

Na respiração temos três movimentos básicos a considerar: inspiração, expiração e retenção.

A inspiração leva o ar para os pulmões, enchendo-os. Exceto por alguma indicação especial, durante os exercícios, a inspiração deve acontecer naturalmente, sem puxar, deixando fluir o movimento natural que o corpo tem de ir buscar o ar. Sua finalidade, do ponto de vista energético, é captar fluidos vitais.

Na expiração a mesma naturalidade indicada para a inspiração: soltar o ar sem forçar, suavemente. Alguns exercícios pedem uma expiração mais vigorosa. A finalidade da expiração, do ponto de vista energético, é eliminar fluidos indesejáveis, por serem negativos.

A retenção do ar, que consiste em parar de respirar por alguns momentos, representa, nos exercícios, um ponto de intervalo entre uma inspiração e uma expiração. A retenção pode acontecer com os pulmões vazios ou cheios. Sua finalidade, do ponto de vista de energético, é dupla.

A retenção com os pulmões vazios destina-se a preparar o perispírito para receber e transformar os fluidos que receberá. A retenção com os pulmões cheios destina-se a dar tempo ao perispírito para agregar os fluidos que irá eliminar através da expiração que acontecerá em seguida.

A contagem é um recurso usado quando já se domina a técnica de cada exercício respiratório. Ela está destinada a dar ritmo e a ocupar a mente, evitando que pensamentos negativos ou dispersivos perturbem a absorção de energia durante a prática da respiração.

Cada exercício aqui tem registrado, no final, o ritmo mais adequado de execução. Esse ritmo pode ser alterado pelo praticante de acordo com sua capacidade pulmonar, sem problemas, desde que observadas a relação entre inspiração e expiração, que costuma ser de 1 para 2. Ao praticante só convém preocupar-se com o ritmo quando já estiver com o exercício memorizado e praticando respiração há pelo menos um mês ou dois.

Os exercícios respiratórios dão ênfase à respiração nasal, principalmente na inspiração. Quem observar, vai ver que nunca se inspira pela boca nos exercícios indicados e que a boca só às vezes é usada para expirar, em alguns exercícios de limpeza.

Devemos justificar essa característica para que o praticante entenda porque deve respirar preferencialmente pelo nariz. Ao entrar no organismo, o ar está mais frio que o corpo, fato que pode gerar alguma reação no organismo. O ar que entra pelo nariz é aquecido naturalmente, mas o ar que entra pela boca, não consegue se aquecer antes de chegar à garganta e entra pelas vias respiratórias frio, o que causa alergias e outras doenças.

O nariz tem mais uma função, que é reter os micro-organismos e elementos como a poeira, dispersos no ar, impedindo que cheguem ao interior do corpo trazendo doenças, uma vez que o nariz possui pêlos e uma umidade que fazem esse trabalho de retenção.

Nos exercícios é muito usado o recurso de tapar uma narina e respirar apenas pela que ficou livre. Quando estiver indicado tapar uma narina, a obstrução é feita com o dedo médio de uma das mãos, colocando a ponta do dedo do lado de fora da narina, lateralmente, fazendo pressão apenas suficiente para impedir a passagem do ar, mas sem machucar os tecidos ou entortar o nariz.

Há outras maneiras de posicionar a mão, tal como usar alternadamente indicador e polegar da mesma mão; o indicador é usado para obstruir a narina esquerda e o polegar para a narina direita. Deve-se fazer essa obstrução como ficar mais fácil, pois a posição da mão é menos importante durante o exercício, o que interessa é que ela aconteça naturalmente e no ritmo adequado.

Quem aprecia saber o motivo de cada coisa, vai achar interessante saber que há muito tempo, bem antes que os cientistas descobrissem, a yoga já ensinava que cada lado do cérebro influi sobre o lado oposto do corpo. Assim sendo, a prática de respirar com uma narina só destina-se a ativar um dos hemisférios cerebrais por vez. Aprendemos também que a respiração realizada pela narina direita liga-nos ao mundo exterior e a respiração realizada pela narina esquerda liga-nos ao mundo interior.

 

 

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